terça-feira, 24 de abril de 2012

A INVENÇÃO DE MOREL (28)

O FUGITIVO APRENDE A MANIPULAR AS MÁQUINAS

Pág. 109 - "Ainda não consegui fazer parar os motores. Dói-me a cabeça. Leves ataques de nervos, que logo domino, tiram-me de uma sonolência progressiva."
(...)
Do funcionamento dos motores depende a eternidade de Morel; posso imaginar que são muito sólidos;"

"Se Morel tivesse tido a ideia de fazer uma tomada dos motores..."
"Por fim, o temor à morte me livrou da superstição de incompetência; foi como se me houvesse aproximado por meio de vidros de aumento; os motores deixaram de ser um casual monte de ferros, adquiriram formas, disposições que permitiam compreendê-los."
Pág. 110 - "Desliguei-os e saí."
(...)
"...quando saí, já era noite e não havia luz para procurar raízes comestíveis."
Pág. 111 - "Primeiro, pus a funcionar os receptores e projetores para exposições isoladas. Coloquei flores, folhas, moscas, rãs. Tive a emoção de vê-las aparecer reproduzidas e iguais.
Depois, cometi a imprudência.
Pus a mão esquerda diante do receptor; liguei-o e apareceu a mão, apenas a mão, fazendo os movimentos preguiçosos que tinha feito quando a gravei."
(...)
"Os emissores v3egetais - folhas, flores - morreram após cinco ou seis horas; as rãs, depois de quinze.
As cópias sobrevivem, incorruptíveis."
Pág. 112 - "Pressentia horríveis transformações na mão. Sonhei que a coçava, que ela se desfazia facilmente. Devo tê-la ferido durante o sono."

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